Projeto Político

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SEMANA DOS CALOUROS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

A unversidade e o Movimento Estudantil na formação do Comunidor

 

1. Introdução

            É com consciência do importante papel que o Movimento Estudantil (ME) cumpre na construção de uma universidade verdadeiramente pública, gratuita, de qualidade e para todos e, notando ainda a necessidade do ME, enquanto base da luta pela soberania popular, por meio da igualdade social, que surge a Semana dos Calouros de Comunicação Social – SeCa, voltada para os estudantes de Comunicação da UFMA, campus de Imperatriz.
            Proposta pela gestão Ávidos, eleita em processo legítimo no período de 2010.2 para assumir o Centro Acadêmico de Comunicação Social – Cacos, do campus II, a Semana funcionará como um fio condutor de informações sobre o funcionamento do espaço universitário e sobre a atual condição do Movimento Estudantil de Comunicação (Mecom), bem como espaço de debate de questões indissociáveis da área.
            Trazendo inovação, a SeCa substituirá a Semana de integração e recepção de calouros, trabalhando nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril com um cunho mais comprometido política e socialmente, com debates acerca da militância, academia e profissão.
            Com crescente participação, o Curso de Comunicação Social – Jornalismo, do campus de Imperatriz, já se faz notar no cenário nacional do Mecom, apesar de ter apenas quatro anos de existência. A Semana do Calouro de Comunicação Social, além de estimular a continuidade e o fortalecimento nesta participação, pretende alertar os estudantes quanto aos seus direitos e deveres, incentivando a produção na área e o máximo aproveitamento das oportunidades ofertadas no meio acadêmico.

2. Justificativa

            Ao ingressar na academia, o estudante muitas vezes fica perdido em relação ao funcionamento deste novo universo que, diferente dos graus de ensino anteriores, exige mais autonomia e movimento na busca por um conhecimento que pode (e deve) ser adquirido e aplicado de maneira mais ampla - Ensino, Pesquisa e Extensão. Pelo péssimo hábito de não pesquisar, grande parte do corpo discente não tem acesso às políticas públicas que o beneficiem e perde oportunidades que mais tarde refletirão em sua vida profissional.
            O projeto da SeCa foi construído no intuito de aproximar o acadêmico dessa realidade, possibilitando ao estudante ter acesso aos mais diversos espaços da universidade, bem como mostrando-lhes as formas alternativas de construção de conhecimento para além da sala de aula (como o Movimento Estudantil), além de trazer à tona discussões do cenário nacional da Comunicação, com ênfase na situação local. A base dos debates será a formação acadêmica e a atuação profissional, abordados a partir das principais bandeiras levantadas pela Executiva Nacional dos Estudantes de Comunicação Social (Enecos) - Democratização da Comunicação, Combate às opressões e Qualidade de Formação do Comunicador Social.
            Entende-se que a mídia forma opiniões a curto, médio e longo prazo, definindo o que é colocado em pauta. Faz-se necessária então uma democratização da mesma, no intuito de democratizar também as informações passadas. Para tanto, é necessário que o povo esteja inserido tanto nos processo de construção, produção e veiculação das informações. A mídia democrática é feita pelo povo, com o povo e para o povo, e não por uma dúzia de organizações familiares e religiosas que decidem o que será e o que não ser pautado nos meios de comunicação (como acontece no Brasil atualmente). Assim, o atual processo de Democratização da Comunicação perpassa pela construção de veículos alternativos, comunitários e populares, de modo que o povo tenha voz dentro desses meios e possa ser ouvido.
            De acordo com o professor de Comunicação da Universidade Católica de Salvador (UCSal), Jorge Almeida, “A mídia não é democrática, mas não basta protestar. É preciso discutir as implicações estratégicas que esta tem na luta popular e as formas de construir a contra-hegemonia”. Fato que se confirma pela atual situação do município de Imperatriz, que conta com cinco emissoras de TV, claramente comprometidas (ou pertencentes) a grupos políticos dominantes no Estado. Faz-se urgente o debate acerca do tema, antes para ter-se o conhecimento desta realidade, depois para ter-se o conhecimento da existência de mídias alternativas.
            Concordamos com Almeida quando ele coloca a sociedade e seus aspectos como pontos determinantes no rumo das pautas da mídia: “...entre o transmissor e o receptor existe uma sociedade e nela estão presentes o mercado e a luta social, política e cultural”. Desta forma, acreditamos no Movimento Estudantil como peça fundamental na construção de uma sociedade alternativa, pois como coloca o sociólogo e educador popular, Alder Júlio Ferreira Calado, é de certo fracassada a tentativa de mudar a mídia nacional sem mudar o tipo de sociedade em que vivemos e essa mudança deve ser feita pelas “forças sociais comprometidas efetivamente com o combate incessante ao Capitalismo ou a qualquer sociedade de privilégios classistas e de agressão à Natureza”.
            A posição do Cacos em relação às grandes emissoras e seus profissionais não é, em nenhum momento, desrespeitosa. Não há como, porém, ignorar um esquecimento contínuo e persistente em relação a uma mídia construída por e voltada a outros sujeitos, com um discurso diferenciado, comunitário e popular. É a lógica do capital. Há uma ordem sendo “respeitada” pela grande mídia – capital, grupos políticos, (...), notícia qualificada. A SeCa planeja, somente, quebrar este Processo de Consciência¹, construído com fortes laços de opressão e imposição, incitando opiniões criadas a partir da reflexão.
            Com a construção e o estabelecimento de metas que facilitem a vida dos universitários e fortaleçam o movimento estudantil, acreditamos em uma universidade compromissada com sua maior mantenedora – a sociedade.

3. Objetivos

3.1 Geral

            Proporcionar aos estudantes de Comunicação Social – Jornalismo da UFMA, campus de Imperatriz, um espaço de troca de experiências, integração e formação política acerca do Movimento Estudantil de Comunicação e da estrutura acadêmica.

3.2 Específicos

a)Apresentar o MeCom aos estudantes de Comunicação da UFMA – Imperatriz;
b)Trazer debates relativos à área de Comunicação de todo o país, regionalizando as discussões;
c) Explicar o funcionamento da estrutura acadêmica – assistência estudantil, projetos de pesquisa e extensão, entre outros;
d)Incentivar a criação de uma consciência crítica acerca das principais bandeiras da Enecos;
e)Fortalecer a luta estudantil e dos movimentos sociais;
f)Aproximar o corpo discente de seus representantes.

4. Metodologia

            A SeCa traz a proposta de alcançar os estudantes por meio da teoria e da prática, abordando os temas de forma interativa e coletiva. Trata-se ainda de um evento autogestionado – construído por e para estudantes. Em todos os espaços contaremos, portanto, com colegas do MeCom, alguns atuantes em outras Instituições de Ensino Superior.
            Seguindo o modelo dos encontros estudantis oferecidos pela Enecos, o encontro será dividido em brigadas para facilitar o desenrolar dos espaços, que serão os seguintes:

a)Painéis – Exposições teóricas e aprofundamento sobre temas específicos. A SeCa contará com dois painéis: A Universidade e O Movimento Estudantil de Comunicação (O espaço será dividido em blocos: 1 – Exposição dos facilitadores, 2 – Reunião das brigadas e levantamento de questões, 3 – Questionamento para os facilitadores e 4 – Respostas e exposições finais dos facilitadores);
b)Grupos de Discussão – Os GD’s são uma continuação dos painéis. O tema maior abordado em cada painel é dividido em subgrupos e os estudantes se dividem para debatê-los e construir propostas relativas aos mesmos;
c)Mesa - Terá como tema: “Educação e qualidade de formação: o caminho que define o papel do jornalista na sociedade”;
d)Mini-cursos – Aqui os estudantes terão acesso a conhecimentos teóricos e práticos que serão aplicados no próprio encontro, respeitando os temas propostos;
e)Assembléia Geral - Cumprindo a função de plenária final, fazendo uma avaliação do desenvolvimento do evento, a Assembléia Geral colocará em pauta questões importantes;
f)Curta!: Os vídeos, produzidos pelos estudantes, serão apresentados com a presença de seus produtores para um debate acerca da temática, montagem, etc.
g)Pré-Erecom 2011: Apresentação do Encontro Regional de Estudantes de Comunicação, a ser
realizado em Teresina, de 20 a 24 de Abril;
h)Culturais e Calourada Geral – Com manifestações artísticas plurais, trata-se de espaços lúdicos.

5. Estrutura organizacional

a) Comissão Político-pedagógica: Constrói o projeto político e a programação do evento. Monta os espaços e nomes que o ocuparão, fazendo também os contatos e confirmando a presença dos convidados e oficineiros e organizando a listagem de espaços e materiais a serem utilizados por estes para repassar à Comissão de Estrutura e Logística. É esta comissão que recebe e acolhe os convidados; 
b) Comissão de Estrutura e Logística: Encaminha os ofícios e providencia os espaços físicos e os materiais necessários para a SeCa. Durante o evento, garantirão o uso dos mesmos;
c) Comissão de Finanças: Capta e administra os recursos financeiros. O uso dos recursos captados se dará somente com a autorização desta comissão;
d) Comissão de Articulação, Mobilização e Comunicação: Esta comissão divulga interna e externamente o evento, mobilizando o público-alvo, criando a arte e materiais (folders, cartazes, blog, podcasts, fanzine e releases) para a divulgação e mantendo contato com a Ascom da UFMA e com a imprensa local;
e) Comissão de Cultura: Responsável pela organização das programações culturais, o que envolve segurança, bebidas, som, limpeza e contatos;
f) Comissão de Monitoria, Secretaria e Credenciamento: Coordena os monitores, redige os documentos e relatórios da SeCa, e é responsável pelo credenciamento.

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